Sinal Fechado
Hoje, 40 anos depois.
Hoje, 40 anos depois.
Uma viagem no tempo: o quinto e último Festival da Música Popular da TV Record, em 1969, começava a consagrar, em definitivo (aliás, a consagração total aconteceu um ano depois com a gravação de Foi um rio que passou em minha vida) um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira: Paulinho da Viola. Com Sinal Fechado, uma letra enigmática, a música do artista foi classificada em primeiro lugar. Aquele Festival da Record, que nos anos anteriores revelou tantos ícones (Chico Buarque de Holanda, Nara Leão, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Elis Regina, Geraldo Vandré, Os Mutantes, Tom Zé, Edu Lobo) e outras tantas melodias (como A Banda, Alegria Alegria, Domingo no Parque, Disparada), terminava de forma melancólica.
O público já não se interessava tanto (reparem no vídeo acima, o desânimo da plateia). O Brasil já vivia sob a repressão do AI-5 e o medo dominava as pessoas. Já não despertava tanto interesse nos artistas. Muitos, perseguidos pela ditadura militar, foram embora do Brasil.
Paulinho quase não conseguiu cantar, tanto era a apatia da plateia.
Mas, Sinal Fechado ficou na antologia da Música Popular Brasileira. E, com uma letra com conteúdo subliminar, tornou-se um grito silencioso contra a censura no país. Chico Buarque depois gravou, no início dos anos 70, do século passado.
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