31 de out. de 2009

BOMBOU NA WEB
nesta semana




Alguns comercias antigos contrastavam com grandes obras publicitárias da época, como o comercial do primeiro sutiã, os jingles do Guaraná Antarctica, ou as peças do Bombril. Eu não sei o que pode ter dado uma esfriada nisso, mas faz tempo que não vejo alguma coisa ousada, como esta propaganda da Kombi, em 1994.




Qual a mistura da cantora Beyoncé com o Forró Calcinha Preta? Seria difícil imaginar se não fosse pelo internauta Bruno Sartori, que se identifica como Bruno de Luuka. Ele, que possui um site de música chamado Mundo dos Playbacks, usou da tecnologia para encaixar, perfeitamente, o ritmo do forró nas músicas da artista ultrapop Beyoncé.

O resultado não poderia ser melhor. Diria até que a versão de “Halo” superou a original (por favor, fãs da Beyoncé, sem apedrejamentos). Ele fez até a montagem do que seria o CD da cantora em sua versão brasileira, que chamaria I am Maria Bonita. Muito bom!




Estas cenas (tristíssimas) marcaram a semana e ganharam espaços na internet, principalmente de pessoas que repudiaram a ação preconceituosa dos estudantes.
Fonte: Bombou na web

29 de out. de 2009


Chico/Phono 73 (1)
Li, de uma sentada, o livro Histórias de Canções – Chico Buarque de Holanda, de autoria de Wagner Homem, lançado recentemente, que reúne as histórias mais interessantes que estão por trás das maiores composições de Chico. Vale a pena saber a contextualização de, por exemplo, A Banda, Pedro Pedreira, Roda Viva, Samba de Orly, Apesar de Você etc. A obra é um mergulho na intimidade criativa de um dos mais talentosos e amados artistas da Música Popular Brasileira. E como eu me deliciei, lendo histórias, personagens e momentos do meu maior ídolo. Principalmente aquelas composições do período em que Chico foi perseguido pela censura (final dos anos 60 e metade da década de 70 do século passado).Todavia, de todas as histórias das obras, penso que existe uma especial, Cálice (de Chico e Gilberto Gil, apresentada pelos dois, pela primeira vez, no show Phono, no Anhembi, em São Paulo). O que aconteceu, no palco, naquele 11 de maio de 1973, foi a mais extrema ação policial do governo opressivo do presidente-general Médici. No dia do show, os dois souberam que a música havia sido proibida. Chico e Gil resolveram cantá-la, sem letra, entremeada com palavras desconexas. Assim que começaram, microfone de Chico foi desligado (havia na equipe de som um policial do Serviço Nacional de Informação –SNI), e o pior com a conivência da própria gravadora Phonogram) realizadora do espetáculo). Chico procurou outro microfone, já que o som da mesa da mesa áudio permaneceu ligado.
E ficou guardado o que Chico disse após o corte: "Estão me aporrinhando muito. Esse negócio de desligar o som não estava no programa. Claro, estava no programa que eu não posso cantar a música "Cálice nem "Anna de Amsterdam". Não vou cantar nenhuma das duas. Mas desligar o som não precisava não".
Vejam (no vídeo acima – observem que vários outras imagens aparecem no vídeo, pois são dos outros intérpretes que estiveram lá), que momento forte e contundente na carreira do bravo Chico, enfrentando a censura em pleno palco
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Chico/Phono 73 (2)

Phono 73 foi um festival realizado no Palácio de Convenções do Anhembi, entre 11 e 13 de maio de 1973, com todo o elenco da Phonogram, hoje Universal. A multinacional tinha quase todos os grandes nomes da dita MPB e resolveu reuni-los em um grande evento de marketing. Além de Chico e Gil estavam lá Toquinho, Vinicius, Erasmo Carlos, Raul Seixas, Sérgio Sampaio, Jair Rodrigues, Wilson Simonal, Jorge Mautner, Wanderléa, Ronnie Von...o cearense Fagner, ainda desconhecido, aos 22 anos de idade, foi apresentado no show, por Chico Buarque, não pôde cantar Sete Vidas, também proibida, mas cantou O Último Pau-de-arara.

Chico/Phono 73 (3)

Vaia -não audível no vídeo- sofreu Elis Regina ao subir ao palco. Ela tinha sido contratada pelos militares, naquele ano, para cantar nas Olimpíadas do Exército e sabia o que lhe esperava. Esperou as vaias diminuírem (vejam seu semblante carregado) , atacou de Cabaré (João Bosco/ Aldir Blanc) e foi ovacionada.
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Chico/ Phono 73 (4)
Na última música de sua apresentação, Gal Costa cantou Oração de Mãe Menininha. A plateia bateu palmas e mais forte ainda quando surgiu no palco Maria Bethânia. Cantaram a música de Dorival Caymmi, como se cantassem juntas há muito tempo aquela canção. Na despedida, Gal tascou um beijo, na boca, em Bethânia. Era primeira vez que a homossexualidade feminina, no Brasil, se mostrava em pleno palco.O certo é que o Phono 73 marcou, pelo grito dos artistas contra a opressão braba daqueles anos de chumbo grosso, e também pela liberdade dos costumes dos jovens que começavam a criar mais força no Brasil.
Um momento histórico brasileiro. E pra não cair no esquecimento.

28 de out. de 2009







Ela é fotógrafa profissional, já trabalhou na DPZ e na W/Brasil, e desde 1992 tem seu estúdio. Fifi Tong é brasileira, tem nome oriental e sua família é chinesa, de Xangai. Fifi acaba de lançar, pela Editora Anuana, o livro Origem: Retratos de família no Brasil. O trabalho é resultado de um projeto que ela desenvolve há 15 anos, registrando um pouco das tradições e da origem, tanto da sua, como de outras famílias brasileiras.


Pense na grossura do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB). Numa reunião com o seu secretariado disse: “A ação do governo não é só em defesa do interesse público. É da saúde da mulher também. Embora hoje o câncer de mama seja uma doença masculina também. Deve ser consequência dessas passeatas gay". A declaração foi feita durante o programa Escola de Governo, veiculado pela TV Educativa, na manhã de ontem.
A declaração causou mal-estar até mesmo no secretário de Saúde, Gilberto Martins, que tentou amenizar, alertando que a preocupação também precisa ser dos homens. E levou a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) a pedir uma audiência a Requião. A associação diz que ele "tem sido considerado um grande aliado dos direitos humanos de todas as comunidades, inclusive da comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais".
A ABGLT lembrou que este ano já foram mortos 19 gays e travestis no Paraná. "As piadas com relação à nossa comunidade infelizmente reforçam o preconceito, a discriminação e a violência que sofremos", diz o ofício enviado ao governador. Segundo a entidade, o comentário "não foi de bom tom". "Felizmente, a plateia não deu gargalhadas", salienta.
Do site do jornal O Estado de São Paulo

26 de out. de 2009





Pra matar a saudade

Dois americanos misturaram uns jogos antigos de Nintendo e Master Systen e fizeram um rap legal, lembrando os truta Fox, o Super Mario e o M. Bison.
Fonte: Bombounaweb.com.br

25 de out. de 2009




Cinema/estreia (1)

Estilo Chanel

Entra em cartaz, nesta semana, o filme Coco antes de Chanel, de Anne Fontaine, que conta parte da história da estilista francesa Gabrielle Chanel (1883-1971). Suas roupas vestiram grandes atrizes de Hollywood e seu estilo ditava moda em todo o mundo. Além de confecções próprias, desenvolveu perfumes com sua marca (o mais famoso é o Chanel nº 5). Os seus tailleurs, os pretinhos básicos, são referências até hoje. Foi a primeira a criar calça comprida para mulher. O filme é recheado de sexo, heroísmo e política. Só tem um pecado: deixa de lado o momento mais dramático da vida de Coco (animalzinho de estimação): a sua colaboração com o 3º Reich de Adolf Hitler, durante a ocupação da França, pelos nazistas, na II Guerra Mundial.


Cinema/estreia (2)
O mundo das chacretes
Postei, no mês passado, um vídeo (virou hit no You Tube com mais de 410.000 exibições) do cantor Biafra sendo atingido por um parapente enquanto cantava Sonho de Ícaro para a gravação de um depoimento sobre Chacrinha. A cena da “cassetada” foi aproveitada no documentário (estreia nesta semana nos cinemas) sobre uma das figuras mais exóticas da televisão brasileira: José Abelardo Barbosa de Medeiros (1917/1988).


Alô, Alô Terezinha, de Nelson Hoineff, não é uma biografia do autor da frase antológica Quem não se comunica se trumbica. São depoimentos, vários deles das dançarinas, conhecidas com Chacretes. Os tempos de glórias, no auditório, e como vivem hoje (Índia Potira, Vera Furacão, Rita Cadilac etc). Tem também depoimentos de artistas que por lá passaram e foram lançados pelo Velho Guerreiro...além das cenas, algumas bizarras, dos calouros.
O filme mostra a importância de Chacrinha para a história da televisão brasileira.