Lionel Richie
vem cantar no Brasil
SINGULAR é uma revista virtual antenada com o que acontece por aí nos mais variados matizes. E editada pelo jornalista Eliézer Rodrigues.
E, ela chega aos 60 anos
Estou entre aqueles que não esquecem de ter dirigido um dia um veículo desconfortável, lento, barulhento, com a direção parecida com a de um ônibus etc e tal. Estou falando da “velha” Kombi, que apesar de tantos desaforos está completando , em 2010, 60 anos, e que é o único veículo da Volkswagem que está há mais tempo em produção e que o Brasil é o único lugar, no mundo, onde o modelo ainda é produzido.
O nome Kombi vem do alemão Kombinationfahrzeug que quer dizer "veículo combinado" (ou "veículo multi-uso", em uma tradução mais livre). O conceito por trás da Kombi surgiu no final dos anos 1940, idéia do importador holandê Ben Pon que anotou em sua agenda desenhos de um tipo de veículo inédito até então, baseando-se em uma perua feita sobre o chassi do Fusca. Os primeiros protótipos tinham aerodinâmica terrível, porém retrabalhos na Faculdade Técnica d Brauschweig deram ao carro, apesar de sua forma pouco convencional, uma aerodinâmica melhor que a dos protótipos iniciais com frente reta. Testes então se sucederam com a nova carroceria montada diretamente sobre a plataforma do Fusca, porém, devido a fragilidade do carro resultante, uma nova base foi desenhada para o utilitário, baseada no conceito de chassi monobloco. Finalmente, após três anos passados desde o primeiro desenho, o carro ganhava as ruas em 8 de março de 1950.
O grupo Brasmotor passou a montar o carro no Brasil em 1953e a partir do dia 2 de setembro de 1957 sua fabricação - o que faz do veículo o primeiro Volkswagem fabricado no Brasil, e o que esta há mais tempo em produção. O Brasil é o único lugar no mundo onde o modelo ainda é produzido.
Começa amanhã
a primeira turnê, no Brasil,
da banda californiana Fishbone
Comandado pelo cantor e saxofonista Dr. Madd Vibe, alcunha do músico Anglo Moore, um dos pioneiros na arte de pular sobre o público, o grupo mostra toda sua pluralidade musical. Entre os ritmos, fartas pitadas de funk, punk e ska, mistura vista também em trabalhos do Red Hot Chili Peppers.
Passando o tempo com
as vacas dançarinas
O vídeo e a música acima foram feitos pelo inglês Cyriak Harris. Harris afirma usar Photoshop e After Effects para a animação e Fruity Loops para a música [ele vende a música, por 0,89 centavos de libras]. Harris escreve: Nenhuma vaca foi machucada durante a produção deste vídeo, apesar de suas perspectivas para o futuro provavelmente não serem tão otimistas. Oi?
(detalhe: surrupiei do bombounaweb)
Como funciona o Teatrokê
No Teatrokê, o palco
é também da plateia
Conheço algumas experiências teatrais que permitem a interatividade mais próxima do espectador com o espetáculo mostrado no palco, tirando assim a plateia da posição de passividade diante do exibido. O diretor paulista José Celso Martinez Corrêa, do Grupo Oficina, é um dos pioneiros, pois até participei de encenação coletiva de peça Pequenos Burgueses, de Máximo Gorki, lá pelos anos sessenta do século passado, numa encenação histórica, na quadra do Sesc-Senac, em plena ebulição daquela geração libertária de 1968.
Essa participação direta público/atores também passa por constrangimentos, quando o ator desce do palco e vai até à platéia com a finalidade de provocar “diálogos” com pessoas presentes. É forçar a barra: não vale. Outras fórmulas, mais recentes, incluem julgar as ações dos personagens em votações a respeito do destino de personagens...
Mas o que eu quero falar mesmo pra vocês é sobre uma experiência teatral que está fazendo o maior sucesso em São Paulo: o Teatrokê, sob a direção do Ricardo Karman. É uma nova modalidade de espetáculo em que o público interpreta personagens de improviso.
Essa encenação é o maior barato. E o texto, da melhor qualidade:
Foto de Fortaleza feita pela aviadora
Amelia Earhart:
uma mulher à frente
do seu tempo
Depois de 73 anos que esteve em Fortaleza, a aviadora Amelia Earhart é comentada na Capital cearense, agora como personagem do filme sobre sua vida - em cartaz nos cinemas locais. Ela fez escala na cidade, em 1937, quando realizou voo ao redor do mundo e fez fotos de Fortaleza. No mês seguinte, ela morreu, em condições misteriosas, quando sobrevoava o Pacífico. Enquanto o mistério não é esclarecido, dezenas de teorias continuam dominando. Uma das mais difundidas é que Amelia teria sido enviada como espiã do governo americano e foi capturada e morta pelos japoneses. Outra diz que ela teria voltado, com identidade falsa, para os Estados Unidos. A mais famosa aviadora de todos os tempos foi também líder na luta pelos direitos femininos, empresária, designer de moda e amante anticonvencional. Agora, a mulher-lenda alça voo no cinema, num filme estrelado por Hillary Swank.
Sinopse do filme
De Mira Nair. Com Ewan McGregor, Hilary Swank, Mia Wasikowska, Richard Gere, Christopher Eccleston, Joe Anderson.Hilary Swank interpreta a aviadora, Amelia Earhart, símbolo da liberdade americana, que tem como parceiro George Putnam, seu editor e amante, com quem mantém um relacionamento tempestuoso, movido pela ambição, e por um grande amor, cujo vínculo não consegue ser quebrado nem mesmo por um breve romance apaixonado entre Amelia e Gene Vidal. Drama. 115 minutos. 12 anos. | UCI Iguatemi 07: 19h30.
O homem que desmentiu
Vinicius de Moraes
Ele via a cidade grande com olhar e linguagem de caipira
O poeta Vinicius de Moraes cometeu uma grande besteira quando afirmou que São Paulo era “o túmulo do samba”. Festeja-se, no próximo mês (ele nasceu no dia 6/1910 e faleceu em 1982), o centenário de nascimento do homem que, ao lado de Paulo Vanzolini, desmentiu, categoricamente o poetinha: o cidadão nascido com o nome de João Rubinato, mais conhecido como Adoniran Barbosa.
São dele clássicos atemporais como Trem das onze, Saudosa maloca, Samba do Arnesto, As mariposas, Tiro ao Álvaro e tantos outros que passaram para a galeria da Música Popular Brasileira.
O livro O Alquimista, de Paulo Coelho, vai ser transformado em história em quadrinhos. A publicação, lançada há mais de 20 anos, já ultrapassou 30 milhões de cópias vendidas mundo afora com tradução para mais de 60 idiomas. A versão em quadrinhos deve sair em dezembro, nos EUA, com desenhos de Daniel Sampere (“Vampirella”) e capa do designer Vitor Ishimura. O romance também deve ganhar uma adaptação para o cinema, produzida pelos irmãos Weinstein e dirigida por Lawrence Fishburne.
A verdade sobre o caso
entre Marilyn Monroe e
John Kennedy
Dentre as histórias explosivas e lendas sexuais mais fascinantes do século passado, certamente o relacionamente entre o presidente dos Estados Unidos, John Fitzgerald Kennedy (1917-1963) e a atriz Marilyn Monroe (1926-1962), é um dos mais festejados. Quanto durou o caso entre o maior símbolo sexual dos Estados Unidos com JFK? Muitos escritores, entre os quais o romancista e crítico de cinema francês François Forestier, que destrinchou a vida de ambos no livro Marilyn e JFK, conta que o caso durou seis anos. Errado.
Estou lendo o livro A Vida Secreta de Marilyn Monroe, no qual o autor, J. Randy Taraborreli, remexe a história da atriz e explora documentos da FBI. Ele destrinchou boatos e concluiu que os dois foram para a cama, no máximo, duas vezes.
Vejam um trecho do livro:
“Realmente, ao contrário de décadas de relatos especulativos sobre um longo relacionamento da artista com o presidente Kennedy, foi talvez duas noites de paixão. Segundo um agente de segurança do presidente, que pediu o anonimato, declarou: “Se houvesse existido um envolvimento, eu saberia. Foi só um final de semana, só isso”. Outro agente declarou :”Na época (1962), todos nós sabíamos sobre o final de semana. Foi só quando ela e o presidente já estavam mortos que as pessoas começaram a falar sobre um romance. Ninguém falava nisso em 1962”.
Outra parte do livro interessante é o relato do autor sobre a célebre noite, no aniversário do presidente, quando Marilyn canta 'Happy Birthday, Mr. President (vejam vídeo), no Madison Square Garden, em Nova York, no dia 19 de maio de 1962.
O autor conta detalhes.
Vestido: O estilista Jean Louis desenhou um vestido que, segundo ele “só Marilyn pudesse vestir. Então, desenhei um vestido aparentemente desguarnecido, o mais desguarnecido de todos, e depois aliviei a transparência com lantejolas e contas”. O vestido não era forrado, e Marilyn não usava roupas de baixo. O vestido foi vendido em um leilão, em 2007, por 1,27 milhão de dólares).
A apresentação
Naquela noite, o palco esta tomado por muitos artistas famosos reunidos para comemorar o aniversário de JFK. Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Jack Benny, Henry Fonda...
Cada um deles subia ao palco para se apresentar depois de ser chamado, de maneira digna e respeitosa pelo mestre de cerimônia, o ator britânico Peter Lawford.
Quando Marilyn foi apresentada, o holofote buscava a lateral do palco e então...nada. Ela não aparecia. Todos riram. Afinal tornara-se piada nem tão reservada o fato da atriz ser uma mulher com quem ninguém podia contar. Quando ela, enfim, subiu ao palco o teatro explodiu de aplausos.
Peter Lauwford a viu caminhar insinuante em sua direção, os passos restritos pelo corte do vestido justo. Depois de fazer um último comentário para arrematar a piada da noite- “Senhor presidente, a atrasada Marilyn Monroe”.
E ela começou a murmurar com voz sexy : “Parabéns a você. Parabéns...senhor..pre-si-den-te. Ela levou as mãos à testa para proteger os olhos da luz brilhante , esperando ver mais claramente o homenageado. E iniciou o canto. Terminado o primeiro verso , fez um sinal para a plateia acompanhá-la em coro. “Todo mundo! Parabéns para você...” A plateia respondia ao convite, cantando e tentando acompanhá-la em sua regência meio errática com os braços .
Quando ela terminou a apresentação, um homem se aproximou de Marilyn por trás. Enquanto as câmeras cortavam para um bolo de aniversário que era levado ao centro do palco. E ela era retirada para fora da área e para longe do momento do qual tanto desejava: beijar o presidente. Mas, muitos pensavam que ela estava imprevisível e instável demais naquela noite. Kennedy, nos bastidores, expressou sua gratidão à ela, dizendo: “Agora posso me aposentar da vida política, depois de ouvir você cantar Parabéns a você, em minha homenagem naquela voz tão doce e pungente”.
Detalhe: a primeira dama Jackie Kennedy não compareceu. Várias fontes relataram que Jackie deixou claro para JFK sua insatisfação sobre o seu relacionamento com Marilyn.