4 de ago. de 2009





Lembranças do Parque
da Capivara
(algumas boas)
Li na revista Veja desta semana matéria sobre vandalismos nos sítios arqueológicos brasileiros e que ameaçam fazer desaparecer fases da história mais antiga do homem: a pintura rupestre.
E lendo o relato, minha memória foi pousar lá nos escaninhos das minhas lembranças de repórter especial do jornal Diário do Nordeste. Fiz uma série de reportagens sobre pinturas e inscrições pré-históricas, passando por sítios existentes na Região Norte do Ceará, seguindo depois para Sete Cidades e terminando em São Raimundo Nonato (1.286 kms de Teresina, na divisa com a Bahia), onde está encravado o Parque Nacional Serra da Capivara. Entrevistei a francesa Niède Guidon, diretora do Parque. Lá o vandalismo praticamente não existe, pois só se permitide visitação com acompanhamento de guia devidamente treinado. Um exemplo de responsabilidade e zelo pela história. O Parque é considerado pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Porém, um acidente de trabalho quase pôs tudo a perder. O fotógrafo que me acompanhava gastou rolos e mais rolos de filme (naquela época ainda não era utilizada a câmera digital). Depois, de quase um mês de viagem, chegando, em Fortaleza, o filme, por questão de segurança, foi revelado no laboratório fotográfico da Aba Film.
Quase caí da cadeira quando vi o resultado: das, quase, setenta imagens, só prestaram duas ou três. Filme velado, interferência de luz. Uma tragédia. A minha sorte é que trouxe da viagem catálogos e publicações do Parque Nacional. Foi o jeito eu me virar com as reprouções.

E, não havia, à época, o banco de imagens do Google.

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