5 de ago. de 2009

5 de agosto de 1954 (3)






Um tiro mudou o rumo da História

O episódio da rua Tonelero, mais o abandono pelos militares, burocratas e até pelo seu vice-presidente Café Filho, fez com que Getúlio Vargas, depois de uma tensa reunião que terminou nas primeiras horas do dia 24 de agosto de 1954, tivesse uma única saída: renunciar.Porém, Getúlio mudou o rumo da história: por volta da cinco horas da manhã, segundo sua filha Alzira Vargas, o presidente sozinho em seu quarto disparou o tiro fatal.
O Repórter Esso, com audiência comparada a do Jornal Nacional, noticiou o fato em edição extraordinária. Foi uma comoção nacional.
Houve quebra-quebras e incêndios em sedes de jornais contrários a Vargas. Até a Embaixada Americana foi apedrejada. Os adversários de Vargas caíram em desgraça.
À medida em que a carta-testamento de Getúlio chegava aos ouvidos dos brasileiros pelas rádios, a dor do povo surgiu como manifestação de indignação e revolta contra os adversários de Getúlio, tomando as ruas de norte a sul da Nação.
O sentimento nacional sepultou um golpe militar. O udenista Carlos Lacerda, declarado opositor de Getúlio, foi obrigado a fugir para o exterior. E assim, o período getulista, iniciado em 1930, que buscava com seu projeto e ideologia trabalhista, a modernização nacional, chegou ao fim.
O golpe que os militares tramaram em 1954 para chegar ao poder, derrubando Vargas, foi adiado e concretizado 10 anos depois, no dia 1º de abril.
Mas, isso é outra história.

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