12 de jun. de 2009


Receita do Pe. Cícero curou Dona Odele

Sempre tive minhas dúvidas com relação ao comportamento controvertido, na política e na religião, do Pe. Cícero Romão Batista. Já li muito sobre o Patriarca de Juazeiro, amado e venerado pelo povo e usado pela igreja católica apostólica romana (por conta das vultosas quantias que entram para os cofres da instituição religiosa). Não vem ao caso, agora esmiuçar sobre isso (farei em outra oportunidade).

O que acontece é que, o casal Chico e Mana Rocha - meus amigos - falou que a mãe dela (no caso D. Mana, aliás batizada como Socorro), é uma devota incondicional do Pe. Cícero, e que até tinha sido curada pelo sacerdote.

Achei interessante a história. E fui saber dos pendores homeopáticos do padre em questão.

Conversei e fotografei D. Odele, pessoa simpática e que demonstrou o seu carinho e devoção pelo mito do Cariri.

De tanta empolgação e crença, Dona Odele até disse que, a partir daquele dia, ia me incluir nas orações ao seu venerado.

Até que uma reza faz bem.

Vejam a matéria:

Maria Odele Martins, 84 anos, ainda hoje repassa para familiares e amigos a receita de medicamento caseiro prescrito pelo Padre Cícero Romão Batista (1844/1934) “Eu passava acordada, noites e mais noites, sem poder respirar pelo nariz, com crises fortes de sinusite, até que meu pai, Joaquim Martins de Morais, me levou à presença do Meu Padim. Com o santo remédio indicado por ele, fiquei boa e nunca mais meu nariz ficou entupido. A partir de então, tenho ensinado a muita gente”.

A receita

* Colocar dentro de uma panela grande, fervendo: três unidades de cabacinha (cortada em cruz), batata de purga e cabeça de negro.

* Depois, deixa esfriar e com a cabeça enrolada por uma toalha inala o remédio preparado pelo nariz.

* Em seguida, a pessoa medicada deve dormir.

Um lembrete: todas as vezes que o Pe. Cícero receitava seus remédios, terminava com esta oração: “Reze o rosário da Santíssima Virgem todos os dias até que Deus lhe salve e lhe abençoe e aos seus”.

Além de Dona Maria Odele, outras duas irmãs dela (Maria Zenilda Martins de Lavor, 81 anos e Francisca Martins Sobreira, 74 anos) são devotíssimas do Padre da Meca do Cariri.

Dona Maria Odele, ainda criança, viu o patriarca de Juazeiro do Norte pela primeira vez, quando ele, já afastado pela cúpula da Igreja Católica (em decorrência do controvertido “milagre” da beata Maria de Araújo – a hóstia transformada em sangue), não saía de sua residência. Era lá que recebia políticos oportunistas, legiões de romeiros, seus afilhados e “amiguinhos”, como costumava chamá-los.


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