11 de jun. de 2009



No “escurinho” da praça


Pra namorar não existe hora, momento ou lugar.

Reparem esse casal, flagrado pelo fotógrafo Evilázio Bezerra, que em plena manhã de domingo, clicava, na praça do Ferreira, para compor numa crônica do poeta Jorge Pieiro, publicada, posteriormente na Singular.

Os dois “pombinhos” se recusaram a dar entrevista, pois estavam ali, anonimamente, segundo eles, e por algum motivo (ou por muitos), não queriam ser perturbados. Justa razão.

Namorar desse jeito, nos escaninhos do anonimato, mesmo em praça, como é o caso, guarda-se o seu doce.

Não importa o contraste da mentira do esconderijo diante dos olhos alheios. Não. Para os dois amantes, naquele momento, o instante era só deles.

O mundo lhes pertencia.

A Coluna da Hora, as flores, os pássaros, aquele sol que aparecia de mansinho, serviam só como um prelúdio, avistando, de longe, os murmúrios, os amassos, os beijos. No “escurinho” da praça: os amores.

Só mais romântico do que namorar assim, amando em segredo, talvez aconteça, no verso de Capiba, compositor pernambucano, na música Maria Betânia, e que diz assim:

“Sinto saudade do beijo que nunca te dei”.

Namora-se de qualquer jeito.

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