Escrevi neste espaço, há alguns dias, sobre o recente filme Ninguém sabe o duro que dei, contando a vida glorificada e tormentosa do cantor Wilson Simonal. Considerado como informante do Dops (órgão repressor da ditadura militar implantada no Brasil, a partir de 1964), Simonal foi execrado, chamado de dedo-duro, pela turma da esquerda (jornal O Pasquim) e por artistas. Morreu traumatizado.
Sobre o que li a respeito das causas que levaram o artista a ser exilado dentro do seu próprio país e boicotado pelos “colegas” de profissão, um objeto aguçou a minha curiosidade. O boneco chamado Mug.
Um boneco de pano preto, roupa xadrez, confeccionado em tamanhos variados, o Mug, acreditavam os usuários do amuleto, dava sorte. Era uma febre. O fenômeno da moda nos anos 60, do século passado. Tema de Carnaval, capa de discos, o Mug era o “cara” daquele tempo.
Como Simonal era um dos cantores mais populares, só perdendo para Roberto Carlos – à época o “rei” da Jovem Guarda - foi contratado pela Shell para ser garoto-propaganda da empresa e divulgar o talismã: o Mug. Por ironia do destino, o contrato milionário foi a causa principal do episódio que provocou a derrocada da sua vida e carreira profissional (ele desconfiou que o diretor da sua empresa estava lhe roubando, por isso mandou aplicar uma tremenda surra no cara). Assinado o contrato, Simonal passou a associar a figura do boneco à sua carreira (até fez uma música sobre o boneco) e ao mesmo tempo divulgar a Shell.
Além dos simpatizantes e ativistas políticos, ligados à esquerda, qualificarem o cantor como dedo-duro, ainda o acusavam de ter se “vendido” à uma multinacional, no caso a empresa petrolífera.
Na realidade, o que os detratores queriam mesmo era aniquilar Simonal. Por ódio, inveja, preconceito racial...
Não só Simonal tinha vínculo com a multinacional. Outros artistas, à época, assinaram contratos idênticos. Até o Chico Buarque, figura festejada pelos opositores ao regime vigente, entrou na onda, ganhou dólar e posou com o Mug, o talismã assumido pela Shell. E ninguém caiu de pau pra cima do idolatrado Chico. É aquele velho chavão: contra o inimigo, tudo. E Simonal, coitado, era a bola da vez.
Em tempo: nunca foi provado que Wilson Simonal ter sido informante da ditadura, no meio artístico.
Sobre o que li a respeito das causas que levaram o artista a ser exilado dentro do seu próprio país e boicotado pelos “colegas” de profissão, um objeto aguçou a minha curiosidade. O boneco chamado Mug.
Um boneco de pano preto, roupa xadrez, confeccionado em tamanhos variados, o Mug, acreditavam os usuários do amuleto, dava sorte. Era uma febre. O fenômeno da moda nos anos 60, do século passado. Tema de Carnaval, capa de discos, o Mug era o “cara” daquele tempo.
Como Simonal era um dos cantores mais populares, só perdendo para Roberto Carlos – à época o “rei” da Jovem Guarda - foi contratado pela Shell para ser garoto-propaganda da empresa e divulgar o talismã: o Mug. Por ironia do destino, o contrato milionário foi a causa principal do episódio que provocou a derrocada da sua vida e carreira profissional (ele desconfiou que o diretor da sua empresa estava lhe roubando, por isso mandou aplicar uma tremenda surra no cara). Assinado o contrato, Simonal passou a associar a figura do boneco à sua carreira (até fez uma música sobre o boneco) e ao mesmo tempo divulgar a Shell.
Além dos simpatizantes e ativistas políticos, ligados à esquerda, qualificarem o cantor como dedo-duro, ainda o acusavam de ter se “vendido” à uma multinacional, no caso a empresa petrolífera.
Na realidade, o que os detratores queriam mesmo era aniquilar Simonal. Por ódio, inveja, preconceito racial...
Não só Simonal tinha vínculo com a multinacional. Outros artistas, à época, assinaram contratos idênticos. Até o Chico Buarque, figura festejada pelos opositores ao regime vigente, entrou na onda, ganhou dólar e posou com o Mug, o talismã assumido pela Shell. E ninguém caiu de pau pra cima do idolatrado Chico. É aquele velho chavão: contra o inimigo, tudo. E Simonal, coitado, era a bola da vez.
Em tempo: nunca foi provado que Wilson Simonal ter sido informante da ditadura, no meio artístico.
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