22 de jun. de 2009


MEMÓRIAS
A recuperação da fonte

A
reprodução (acima) é de uma notícia, divulgada há 30 anos, e orgulha um grupo de pessoas, dentre elas, estou incluído. O negócio é o seguinte: a Prefeitura de Fortaleza cometeu uma das maiores barbaridades contra o patrimônio histórico e artístico,
quando a belíssimo fonte luminosa, importada da Alemanha, foi arrancada dos cruzamentos das avenidas 13 de Maio com Universidade, a golpes de picaretas.

Os pedaços da obra foram jogados no antigo depósito da Sumov, no bairro de Monte Castelo. Após denúncia que fiz nas páginas do O Povo (à época eu era editor de Cultura), foi formada uma comissão, convidada pela Prefeitura, para acompanhar os trabalhos de restauração do monumento. Lá no local, a comissão (composta pelos escultores Zenon Barreto e Honor Torres, Luciano Barreira, da Fundição Bandeira, o restaurador Gilberto Brito e eu) constatou que um arremedo de restauração havia começado e abandonado. Pois, o falso restaurador usou (pasmem!) no serviço: paus, cordas e gesso.
Foi feito um minucioso levantamento pela comissão do que restou da fonte e entregue à Prefeitura. Só que a municipalidade não executou o serviço. Tempos depois, o Banco do Nordeste encampou a ideia, contratou restaurador, e finalmente a peça artística foi devolvida à população.
Hoje, ornamenta a praça ao lado do Centro Cultural do BNB.

A fonte luminosa foi adquirida, em 1929, pelo prefeito de Fortaleza, Álvaro Weyne, à uma firma alemã, Herms Stolts, de Hamburgo, e inaugurada no ano seguinte, na praça da Lagoinha. Anos depois, a fonte foi retirada da praça da Lagoinha e instalada na praça da Faculdade de Direito. Posteriormente, no cruzamento das avenidas 13 de Maio com Universidade.
E lá foi onde aconteceu a desgraça, aqui relatada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário