Walt Disney "chupou"
Zé Carioca
Certo dia, “navegando” pelo Google, percebi o quanto são exaltados os vídeos que mostram os primeiros desenhos animados de Walt Disney apresentando Zé Carioca, o Brasil ao Pato Donald. Realmente, os elogios procedem, pois os trabalhos gráficos são magistrais.
Só que aquela beleza multicolorida fazia parte de um plano estratégico da Política da Boa Vizinhança, do presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt. E um dos principais objetivos era conquistar o mercado latino-americano, em plena Segunda Mundial (1939/1945). Eles botaram, mesmo, pra quebrar, por aqui, no Brasil, como dominadores. E a coisa continua, cada vez, mais forte: na língua, nos costumes, na cultura, na música ( nesta nem se fala: basta ligar o rádio nas FMs) etc, etc.
Mas voltando ao Walt Disney e seu personagem Zé Carioca. Realmente, o personagem é registrado por ele, só que o verdadeiro autor da figura do boneco é um brasileiro: o cartunista J. Carlos.
. Essa história eu já tinha ouvido falar, todavia tirei minhas dúvidas quando entrevistei para a Singular a historiadora cearense Isabel Lustosa que tinha feito uma pesquisa sobre a produção gráfica de artistas brasileiros. Segundo ela, quando Walt Disney esteve no Brasil, em 1941, ficou encantado com os desenhos de J. Carlos e o convidou para trabalhar em seus estúdios, nos EUA. J. Carlos recusou, mas depois mandou para Disney um desenho de um papagaio vestido com o uniforme da FEB (Força Expedicionária Brasileira). Isabel contou que o rascunho desse desenho original consta dos arquivos da família do artista brasileiro e comprovou que a figura que aparece é idêntica ao Zé Carioca. Portanto, a origem do personagem, assumido por Walt Disney, é brasileira, porém, nunca reconhecida pelo famoso artista gráfico.
Reparem, no vídeo Desenho Aquarela do Brasil, feito nos estúdios da Walt Disney Production, a postura colonizada imposta ao personagem Zé Carioca, que no primeiro encontro com o pato Donald, fica completamente embasbacado, saltitante, pulando de alegria, diante do “ídolo” Pato Donald. E até fala em inglês. Vejam também amigas e amigos internautas, que na abertura do vídeo, está entre os nomes creditados, o de Ary Barroso, emprestando (claro, ganhando uma boa grana) a sua composição Aquarela do Brasil (que muitos anos depois foi considerada a música mais genuina do cancioneiro brasileiro) como fundo musical para a farra americana. Ary Barroso é outro brasileiro que foi cooptado - até passou uma temporada nos EUA - pela famigerada Política da Boa Vizinhança.
Só que aquela beleza multicolorida fazia parte de um plano estratégico da Política da Boa Vizinhança, do presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt. E um dos principais objetivos era conquistar o mercado latino-americano, em plena Segunda Mundial (1939/1945). Eles botaram, mesmo, pra quebrar, por aqui, no Brasil, como dominadores. E a coisa continua, cada vez, mais forte: na língua, nos costumes, na cultura, na música ( nesta nem se fala: basta ligar o rádio nas FMs) etc, etc.
Mas voltando ao Walt Disney e seu personagem Zé Carioca. Realmente, o personagem é registrado por ele, só que o verdadeiro autor da figura do boneco é um brasileiro: o cartunista J. Carlos.
. Essa história eu já tinha ouvido falar, todavia tirei minhas dúvidas quando entrevistei para a Singular a historiadora cearense Isabel Lustosa que tinha feito uma pesquisa sobre a produção gráfica de artistas brasileiros. Segundo ela, quando Walt Disney esteve no Brasil, em 1941, ficou encantado com os desenhos de J. Carlos e o convidou para trabalhar em seus estúdios, nos EUA. J. Carlos recusou, mas depois mandou para Disney um desenho de um papagaio vestido com o uniforme da FEB (Força Expedicionária Brasileira). Isabel contou que o rascunho desse desenho original consta dos arquivos da família do artista brasileiro e comprovou que a figura que aparece é idêntica ao Zé Carioca. Portanto, a origem do personagem, assumido por Walt Disney, é brasileira, porém, nunca reconhecida pelo famoso artista gráfico.
Reparem, no vídeo Desenho Aquarela do Brasil, feito nos estúdios da Walt Disney Production, a postura colonizada imposta ao personagem Zé Carioca, que no primeiro encontro com o pato Donald, fica completamente embasbacado, saltitante, pulando de alegria, diante do “ídolo” Pato Donald. E até fala em inglês. Vejam também amigas e amigos internautas, que na abertura do vídeo, está entre os nomes creditados, o de Ary Barroso, emprestando (claro, ganhando uma boa grana) a sua composição Aquarela do Brasil (que muitos anos depois foi considerada a música mais genuina do cancioneiro brasileiro) como fundo musical para a farra americana. Ary Barroso é outro brasileiro que foi cooptado - até passou uma temporada nos EUA - pela famigerada Política da Boa Vizinhança.
É bom excluir desse processo de aculturação o nome de Carmen Miranda. Embora, muitos a identifique como a artista de maior sucesso do projeto de migração de artistas latino-americanos. Não foi. Ela chegou nos Estados Unidos, em 1939, e já era estrela consagrada.
Penso que foi o simpático, ingênuo e “abrasileirado” boneco Zé Carioca, um dos primeiros e poderosos instrumentos da invasão da cultura ianque em nossos domínio. E deu no que deu.
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