DAS ARTES PLÁSTICAS
CEARENSES
Este blog está inaugurando, hoje, a Galeria Virtual das Artes Plásticas Cearenses. Aqui, estarão expostos trabalhos de artistas que fazem parte da história pictórica do Ceará, independente de gêneros, fases, estilos ou época. Nesta vernissagem, apresento peças de Tarcísio Garcia, em sua mais recente fase.
Conheço há anos a obra do Tarcísio, principalmente a fase inicial: acuradíssimos desenhos em bico de pena davam textura a temas, os mais diversos. Naqueles anos 80, do século passado, a movimentação artística era efervescente, com exposições, salões, bienais, mostras coletivas, acontecendo todas as semanas. A obra dele sempre esteve no topo daquela geração de desenhistas que ficou na história das artes cearense.
Portanto, deleitem-se com os trabalhos de Tarcísio.
Por onde andei
Tarcísio Garcia
Sou do século passado. Já vi muita história. Ouvi a última transmissão da copa do mundo pelo rádio, quando não havia outra opção e assisti a primeira pela TV.
Vi surgir os Beatles, a Jovem Guarda e a Tropicália. E gosto muito das músicas de Luiz Gonzaga. Assisti a carreira completa de Pelé, Maradona e Airton Senna. Conheci a Coluna da Hora, escutei os sucessos do Pessoal do Ceará, à época do lançamento e acompanhei a construção de muitos monumentos que hoje fazem parte da arquitetura de Fortaleza.
Ainda menino, gostava de andar pela cidade para descobrir as coisas. Ia do Otávio Bonfim ao Centro, por uma rua, e voltava pela outra, passando pelo bairro de Jacarecanga. Caminhava até a casa do português, só para ver aquelas rampas esquisitas. Naquela época a Santos Dumont terminava no trilho: eu ia até lá, olhando tudo. Depois desenhava igrejas, automóveis, casarões. Guardei tanto esses desenhos em caixas e gavetas que até hoje, não sei onde botei. Virei artista plástico e como não poderia deixar de ser, meu trabalho traduz o que sou, a partir da convivência com minha principal fonte de referência: o Nordeste.
Já participei de vários salões e exposições, fiz individuais e fui agraciado com alguns prêmios, na categoria desenho. Fiz bicos de pena sobre lendas, assombrações, paisagens urbanas, santos e demônios.
Só que, as imagens dos casarões e dos monumentos sempre voltaram.
Nesta incursão que fiz na pintura, usando acrílica sobre tela, mostro uma coleção de edificações novas e antigas e monumentos. Registros de uma Fortaleza que aos poucos vai demolindo sua memória urbana, e erguendo em seu lugar condomínios fechados, shoppings, torres comerciais...
Tarcísio Garcia
Sou do século passado. Já vi muita história. Ouvi a última transmissão da copa do mundo pelo rádio, quando não havia outra opção e assisti a primeira pela TV.
Vi surgir os Beatles, a Jovem Guarda e a Tropicália. E gosto muito das músicas de Luiz Gonzaga. Assisti a carreira completa de Pelé, Maradona e Airton Senna. Conheci a Coluna da Hora, escutei os sucessos do Pessoal do Ceará, à época do lançamento e acompanhei a construção de muitos monumentos que hoje fazem parte da arquitetura de Fortaleza.
Ainda menino, gostava de andar pela cidade para descobrir as coisas. Ia do Otávio Bonfim ao Centro, por uma rua, e voltava pela outra, passando pelo bairro de Jacarecanga. Caminhava até a casa do português, só para ver aquelas rampas esquisitas. Naquela época a Santos Dumont terminava no trilho: eu ia até lá, olhando tudo. Depois desenhava igrejas, automóveis, casarões. Guardei tanto esses desenhos em caixas e gavetas que até hoje, não sei onde botei. Virei artista plástico e como não poderia deixar de ser, meu trabalho traduz o que sou, a partir da convivência com minha principal fonte de referência: o Nordeste.
Já participei de vários salões e exposições, fiz individuais e fui agraciado com alguns prêmios, na categoria desenho. Fiz bicos de pena sobre lendas, assombrações, paisagens urbanas, santos e demônios.
Só que, as imagens dos casarões e dos monumentos sempre voltaram.
Nesta incursão que fiz na pintura, usando acrílica sobre tela, mostro uma coleção de edificações novas e antigas e monumentos. Registros de uma Fortaleza que aos poucos vai demolindo sua memória urbana, e erguendo em seu lugar condomínios fechados, shoppings, torres comerciais...
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