19 de abr. de 2010


Denúncia na TV provoca

prisão de padre pedófilo

Após três dias de depoimentos, a CPI da Pedofilia determinou, hoje, a prisão do monsenhor Luiz Marques Barbosa , de sua assistente social e de seu motorista (os dois últimos por omissão). A comissão de parlamentares agiu após a exibição do programa Conexão Repórter, apresentado por Roberto Cabrini no SBT, sobre as graves denúncias contra padres de Arapiraca, em Alagoas.

Em seu blog, o jornalista conta os bastidores da explosiva reportagem:

“O ponto de partida da nossa reportagem foi um vídeo que recebemos no qual um padre de Arapiraca (AL) faz sexo com um rapaz. Então, partimos para a cidade para localizar os personagens centrais da história e comprovar a veracidade das imagens.

O levantamento inicial, encontrar as pessoas envolvidas no vídeo, levou cinco dias. Nosso primeiro contato foi com Fabiano, o rapaz que aparece ao lado do padre mantendo relações sexuais. Fabiano, hoje com 20 anos, relatou que se tornou coroinha na igreja com12 anos de idade e desde então foi assediado sexualmente pelo padre. Contou ainda que manteve um relacionamento com o religioso durante anos, e por isso desistiu do antigo sonho de se tornar padre.

Durante a apuração, outros jovens foram localizados dizendo que passaram pelo mesmo assédio, chegando a prática do sexo com os padres. Entre eles está um menino, de 11 anos. Ele afirmou que foi assediado por um outro padre da região. O testemunho deles é o que vocês podem conferir no vídeo do programa.

Em seguida, procuramos os padres apontados nos relatos: os três principais nomes da Igreja em Arapiraca. Para não levantar suspeita, já que a cidade é pequena, nossa equipe se hospedou separadamente em hotéis não só na cidade, mas também na região.

Um a um, os religiosos foram localizados pela equipe. Os três padres negaram qualquer envolvimento com os garotos e jovens da cidade.

A fase final de nossa reportagem foi questionar os jovens envolvidos e acompanhá-los em seus depoimentos à promotoria de Alagoas. O promotor responsável pelo caso ouviu todos os envolvidos e, diante dos fatos narrados, encaminhou o material à Polícia Civil alagoana e pediu a instauração de um inquérito para apurar a denúncia. Atualmente, a investigação cabe a delegacia especializada em crimes contra a criança”.

Veja a primeira do programa:


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