26 de ago. de 2009



Quebra-quebra no

Centro de Fortaleza


A foto acima foi feita há 67 anos, no mês de agosto, em Fortaleza (rua Floriano Peixoto). Naquele dia, o Centro viveu um verdadeiro quebra-quebra. Nas ruas, o povo exigia a imediata entrada do Brasil no conflito mundial (II Guerra Mundial, 1939/1945), contra o nazismo e seus aliados. O registro é de um fotógrafo amador, o então estudante de Direito Thomaz Pompeu Gomes de Matos, que juntamente com outros colegas universitários, lideravam, no Ceará, um movimento antinazismo, e comandaram uma passeata que terminou em quebra-quebra. Aconteceram saques em lojas de descedentes alemãs, italianos e japoneses.
Entrevistado pela Singular, há dez anos, Thomaz Pompeu disse que o clima era de revolta e de indignação em todo o país, pois entre os dias 15 e 17 de agosto daquele ano, seis navios brasileiros foram atacados e afundados por submarinos alemães. O governo brasileiro da ditadura do presidente Getúlio Vargas (Estado Novo, 1937/1945), vacilante desde o início do conflito e simpático ao nazi-fascismo, foi forçado a se posicionar em favor dos países aliados.
Dessa maneira, Getúlio Vargas declarou guerra contra os italianos e alemães, no mesmo ano de 1942. Politicamente, o país buscava ampliar seu prestígio junto ao EUA e reforçar sua aliança política com os militares. No ano de 1943, foi organizada a Força Expedicionária Brasileira (FEB), destacamento militar para lutar na Itália. Somente quase um ano depois é que as tropas começaram a ser enviadas, inclusive com o auxílio da Força Aérea Brasileira (FAB).

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