O rio que corre pela minha aldeia
Até hoje, não entendi direito o porquê do Parque do Cocó um ambiente, dentro da área do município de Fortaleza, seja demarcado como se fosse de “propriedade” do Estado. Tudo ali leva a grife do Governo do Estado: caixa d’água, balões e placas com logomarca. Para a Prefeitura, parece, que só resta mandar os garis apanharem as montanhas de lixo, após shows patrocinados... pelas autoridades estaduais.
E quem responde e resolve as visíveis devastações e poluições, que continuam destruindo o ecossistema do manguezal da bacia do Rio Cocó? Será a Secretaria de meio ambiente do Ceará? E as invasões de prédios luxuosos? Quais os órgãos da saúde (do Estado ou do Município?) que estão empenhados em resolver o problema da “criação” de gatos, ao relento, e que vem provocando fedentina e doenças aos transeuntes e vizinhança?
O Rio do Cocó é belo, tão belo que me faz lembrar Fernando Pessoa quando escreveu: “... O Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia. Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia”.
E o rio que passa pela nossa aldeia precisa da participação de todos unidos, principalmente das autoridades, para salvar o pouco que lhe resta.
Não de vaidades governamentais.
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