E esse status, que pode até soar como uma frase de efeito assim, à primeira vista, significa muito quando confrontadas a cultura mexicana – calcada nos exageros visuais e no colorido intenso – e as imagens de Bravo – econômicas no traço e tiradas em sua maioria em preto-e-branco.
Tanto é que, para discorrer sobre o trabalho do ex-marido, Colette Álvarez Urbajtel escreveu no livro Fotopoesia, que o Instituto Moreira Salles acaba de lançar no Brasil: “(Bravo) Odiava o excesso, o pitoresco, o lugar-comum, a afetação, os clichês da beleza”. A publicação acompanha uma retrospectiva, na sede carioca da instituição, com mais de 200 cenas do fotógrafo mexicano.
Bravo, que cresceu cercado de referências da linguagem – o pai era fotógrafo amador, e o avô, um pintor com muito interesse pela fotografia – é reconhecido ainda por incorporar as correntes estéticas modernas, em especial o surrealismo.
Chegou a trabalhar no cinema com o diretor espanhol naturalizado mexicano Luis Buñuel e ganhou do escritor e poeta francês André Breton um dos comentários definitivos para alcançar o lugar que ocupa hoje: “Ele mostrou tudo o que é poético no México”.
(Fonte Revista Bravo!)
Serviço:
O Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro está realizando a exposição Manuel Álvarez Bravo: fotopoesia. A mostra traz 250 imagens do mexicano que está entre os grandes nomes da fotografia mundial. São obras de 1920 a 1950, trazidas ao Brasil com o apoio da associação dirigida pela viúva e pela filha do artista.
Ele retratou Frida |
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