tem gerado corrente de apoio
Marco Tomazzoni, iG São Paulo
Nosso Lar acaba de ultrapassar a marca de 4 milhões de espectadores e o cinema espírita, responsável por arrecadar R$ 66 milhões este ano nas bilheterias brasileiras, ganha mais um representante desde a última sexta-feira (12). O documentário As Cartas Psicografadas por Chico Xavier registra histórias dolorosas de famílias que receberam mensagens de parentes através do médium, nais quais o recado é claro: a morte não é o ponto final. A estreia foi bem menos ambiciosa do que a de Nosso Lar e da cinebiografia Chico Xavier" – com distribuição própria, a diretora Cristiana Grumbach conseguiu num primeiro momento levar o filme a quase todas as capitais, apesar do número limitado de cópias. O baixo poder de fogo vem sendo compensado por um fenômeno interessante: o público está se mobilizando e criando campanhas trazer Cartas" a sua cidade.
"A gente está recebendo uma quantidade absurda de emails, de pessoas querendo montar grupos para poder assistir ao filme", conta Cristiana em entrevista ao iG. A diretora cita o caso de um entusiasta de João Pessoa. Desconhecido, o homem bancou do próprio bolso três sessões do documentário porque o exibidor não estava interessado em colocá-lo em cartaz. Sozinho, está fazendo camisetas e tratando de divulgar Cartas na região. "Tem sido assim com pessoas do Brasil inteiro. A questão espírita move isso. Os espíritas tem uma coisa militante, espontânea, abraçam a causa."
A recepção fria do circuito exibidor, segundo Cristiana, está relacionada ao gênero documental, encarado como "filme de arte", entre aspas, como faz questão de frisar, pelos empresários. "Tem umas coisas assim, do pessoal dizer 'argh' quando ouve que é documentário. Não sei nem o que filme de arte significa, se é filme de pouco público ou algo assim. Mas ao mesmo tempo estamos estreando junto com muitos outros. É uma briga de cachorro grande."
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