"A cigana leu o meu destino"... que rolo
Tem músicas que marcam a vida do sujeito, por conta de mis razões. A composição de João Sérgio, O Amanhã, interpretada magistralmente por Simone, está no rol das minhas preferidas. E os primeiros versos: A cigana leu o meu destino/ Eu sonhei!/ Bola de cristal/ Jogo de búzios, cartomante/ E eu sempre perguntei /O que será o amanhã?,sempre me fascinaram. Por conta, especialmente da figura da cigana, personagem presente em minhas fantasias, por conta da vida liberta dos ciganos e também por aquele fascínio em querer desvendar os mistérios encolhidos nos escaninhos da vida.
Mas, minhas caras e caros internautas, todo esse leriado é para começar a dizer pra vocês, que ontem, eu paguei um mico monumental, ao ter o meu destino desfolheado por uma cigana, em plena praça José de Alencar. A situação foi cômica e ao mesmo tempo vexatória.
O negócio é o seguinte:
Ultimamente, quando passo pela José de Alencar, encontro postadas, na calçada do Theatro José de Alencar, três ciganas, oferecendo aos passantes, seus préstimos de antecipar acontecimentos futuros e esclarecer fatos, por meio da leitura de mão.
Como eu queria saber sobre a vida delas, certamente para contar aqui para você que visitam este blog, aceitei o convite de uma delas para “desvendar” coisas da minha vidinha.Primeiro, estirei a mão direita (detalhe: por determinação dela ficamos de costas para a praça).Logo em seguida, a pitonisa começou a passar o dedo polegar sobre a minha, já espalmada. E foi logo enchendo a minha bola, dizendo (ela falava muito rápido) que eu iria viver, ainda, muitos e muitos anos. E encheu mais ainda, quase estoura o balão, quando assegurou que uma mulher muito bonita e muito rica queria se casar comigo, brevemente. Outro detalhe: a afirmação veio logo depois que eu respondi que era divorciado. A sessão a céu aberto foi aquele trololó de conjecturas: pessoas doentes na família, perseguição no trabalho, um desejo muito bom iria acontecer em breve...e blá, blá, blá. E o povo passando e olhando, de soslaio, aquela dupla de costas para a praça e longe do mundo real.
Tudo estava muito bem até quando ela ia concluir o “trabalho”, afirmando que “qualquer ajuda era abençoada”. Meti a mão no bolso e puxei duas cédulas: uma de dez reais e a outra de cinquenta. Dei pra ela a primeira. De repente, numa rapidez impressionante, que quase não notei, ela arrancou da minha mão outra cédula. A de cinquenta, juntando à outra, e fechando, com força, a mão depositária. E continua a rezar, rezar. Nessa altura, sentindo que estava caindo numa armação esqueci por completo o futuro brilhante, a riqueza e a mulher gostosa desenhadas na mão direita. Caí na real. Ela notou a minha preocupação em reaver o dinheiro, e mudou o discurso: não falava mais em previsões, só afirmava que não queria me roubar, mas com a mão fechadinha, fechadinha. Finalmente, consegui abrir os dedos dela e resgatar o meu dinheiro. E fui embora, pensando no que dizem alguns estudiosos que cigano, também gosta de meter a mão no que é alheio.
Desculpem caríssimos internautas: a matéria, não fiz.
Mas consegui registrar, na minha maquininha fotográfica, a cara aborrecida da tal cigana (de vestido azul) aquela que queria afanar o meu cinquentinha, momentos atrás.
Mas consegui registrar, na minha maquininha fotográfica, a cara aborrecida da tal cigana (de vestido azul) aquela que queria afanar o meu cinquentinha, momentos atrás.
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