18 de mai. de 2010

Momento de emoção para Chico Buarque, quando encontrou Pagão, em 1985 - o compositor com a camiseta do Politheama e o jogador com uma de seu antigo time, o Santos. Em um especial para a TV Bandeirantes, Chico encontrou Pagão e essa foi uma das poucas vezes que não assinou, na súmula, o nome do ídolo. Pagão morreu em 1991, aos 56 anos

O ídolo de Chico Buarque

Mesmo sendo torcedor assumidíssimo do Fluminense, Chico Buarque de Holanda idolatra um atleta que nunca jogou pelo tricolor carioca: Pagão, artilheiro do Santos Futebol Clube, na década de 50 do século passado e que Chico o viu jogando várias vezes. Até música, o autor de A Banda fez exaltando o jogador, e Chico só entra em campo por seu time, o Politheama, com a camisa 9 e assina a “súmula” do jogo com o nome de Pagão. Chico certa vez disse que “ele era demais em campo. Era de uma leveza admirável. Eu adorava quando ele pegava a bola no ar e, com a parte de fora do pé, vindo de trás, chapelava o adversário”.

Na canção O Futebol Chico faz uma devoção ao seu ídolo. E reparem na letra que o compositor também cita o ponta-esquerda Canhoteiro, do São Paulo e da seleção brasileira e que antes de ir para a Capital paulista, passou pelo futebol cearense, jogando pelo América Futebol Clube:

“Parábola do homem comum
Roçando o céu
Um
Senhor chapéu
Para delírio das gerais
No coliseu
Mas
Que rei sou eu
Para anular a natural catimba
Do cantor
Paralisando esta canção capenga, nega
Para captar o visual
De um chute a gol
E a emoção
Da idéia quando ginga

(Para Mané para Didi para Mané, Mané para Didi para Mané para Didi para
Pagão para Pelé e Canhoteiro)”.

Nos vídeos, primeira e segunda partes do documentário Samba no Pé, Chico fala sobre uma de suas grandes paixões, o futebol:



Nenhum comentário:

Postar um comentário