Herói no exterior,
marginal no Brasil
“Seja marginal, seja herói”, célebre frase que imortalizou o artista plástico brasileiro Hélio Oiticica (1937/1980) pode ser alterada para: Herói no exterior, marginal no Brasil. É isso mesmo, um dos maiores nomes da arte contemporânea mundial, Oiticica é admiradíssimo no exterior, e por aqui esquecido por quem deve tomar conta da cultura. Em dezembro do ano passado, um vídeo do artista com um de seus parangolés – emaranhado de panos usados em público - lotou uma sala no museu espanhol de Arte Reina Sofía.
Está acontecendo em São Paulo, no Itaú Cultural, a mostra Hélio Oiticica – Museu é o Mundo, e que permite que o espectador acompanhe a trajetória do artista, inclusive com a instalação Tropicália PN2 e PN3 (1967), obras que deram nome ao movimento cultural, comandado por Caetano Veloso e Gilberto Gil, que marcou a música brasileira.
A exposição em São Paulo resgata um pouco o que restou de parte da sua obra destruída no ano passado, por um incêndio, ocorrido na casa do irmão do artista. A família já havia dito que gostaria de colocar as obras em espaço público com apoio de instituições culturais. Mesmo com o incêndio, tal projeto não passou do desejo dos familiares de Hélio Oiticica e do público brasileiro.
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