Vi o vídeo (embaixo) que conta uma história fictícia, mostrando o dia-a-dia do fotógrafo de guerra e me lembrei de um fotógrafo cearense, Edson Pio, que trabalhou comigo no jornal O Povo, lá pelos anos 80, do século passado.À época eu era chefe de reportagem do jornal, e certo dia, chegou à redação a notícia de que um homem estava na torre da emissora (hoje TV Cidade),resolvido a praticar o suicídio.Era a vez do Pio sair e ele foi com um repórter fazer a cobertura do fato. Chegando lá, a equipe do jornal encontrou, o infeliz homem, indeciso, e muitas pessoas (a maioria estudantes), embaixo, gritando: Pula! Pula! Uma verdadeira cartase coletiva do bicho-homem.Triste.O Pio com a máquina em punho, registrou, em sequência, o pulo do suicida. Como foto jornalística o registro foi perfeito. Agora, a emoção do fotógrafo foi tão forte que poucos dias depois, Pio sofreu uma trombose, traumatizado com a cena que registrara. Nunca mais voltou a trabalhar e faleceu em consequência da doença.
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