13 de nov. de 2009


Kevin Carter foi morto por sua foto em 27 de julho de 1994 . Carter era um fotojornalista do Continente Africano, membro do Bang Bang Club (um grupo de quatro fotógarfos do qual ele fazia parte que andava pelo continente africano recheado de guerras, em busca de uma foto a qualquer custo) e que, em março de 1993, em uma viagem ao Sudão fez uma foto que mudaria sua vida e o mundo para sempre.O som de um choramingar próximo de uma vila que ele se encontrava lhe chamou a atenção e ao investigar de onde vinha o choro deparou-se com uma criança sudanesa que havia parado para descansar entre a vila e o centro de nutrição. Próximo a esta criança havia um abutre, Carter disse que esperou cerca de 20 minutos aguardando o abutre abrir as asas para fazer a foto, já que o abutre não abriu as asas, ele tirou a foto mesmo assim e logo em seguida correu atrás do abutre para afastá-lo da criança.A foto foi vendida para o New York Times e saiu na edição de 26 de março de 1993. Na mesma hora centenas de pessoas contataram o jornal para saber se a menina havia sobrevivido, levando o jornal a criar uma nota especial dizendo que a criança teve forças para fugir do abutre mas o seu destino final não era conhecido. Carter foi massacrado por ter esperado 20 minutos para fazer a foto ao invés de ter ajudado a criança logo que viu o abutre se aproximar. Criou-se um dos maiores dilemas do fotojornalismo no qual dizia-se que o fotógrafo numa situação como essa deveria ser uma testemunha ou um salvador?A foto e esse dilema perseguiram Carter até o golpe final: ele foi o vencedor do Prêmio Pulitzer de Fotografia em 23 de maio de 1994. Apesar de todo o sucesso mundial que ele obteve com a foto ele estava terrivelmente abalado e decidiu por um ponto final na sua história no dia 27 de Julho do mesmo ano, levando seu carro a um local que ele costumava ir na infância e suicidou-se envenenado por monóxido de carbono, utilizando uma mangueira para levar a fumaça do escapamento para dentro do seu carro.Partes de sua nota de suicídio diziam:“Estou deprimido… Sem telefone… Sem dinheiro para o aluguel.. Sem dinheiro para ajudar as crianças… Sem dinheiro para as dívidas… Dinheiro!!!… Sou perseguido pela viva lembrança de assassinatos, cadáveres, raiva e dor… Pelas crianças feridas ou famintas… Pelos homens malucos com o dedo no gatilho, muitas vezes policiais, carrascos… “Seu suicidio foi motivo de diversas discussões e estudos sobre a ética na fotografia.

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