6 de set. de 2009


Marketing da fé

De novo, ontem, depois da vitória do Brasil sobre a Argentina (3x1), os jogadores fizeram uma roda no meio do campo e foram orar. Desta feita, agradecendo a Deus, pela classificação, antecipada, do Brasil para a próxima Copa do Mundo, em 2010, na África do Sul. Não sou contra momentos de rezas, até que faz bem a alma: reconforta infelizes, louva a felicidade, agradece graças alcançadas...e por aí vai.

O que acontece, porém, no time de Dunga, é o avanço religioso, na equipe, comandado pelo capitão do time, o “pastor” evangélico Lúcio, que não perde oportunidades para fazer marketing de fé...da sua crença. Kaká, outro líder da turma de orações, vai mais longe. O craque está a caminho de ser pastor da igreja Renascer em Cristo (aquela comandada por Estavam e Sônia Hernandes, acusados de, entre outros crimes, lavagem de dinheiro). E leva mensagem da tal igreja, em tudo que pratica. E já conseguiu “arrancar” dinheiro de outros famosos (Beckham, Dida, Ronaldinho Gaúcho, Pato...) para “as obras sociais”, tuteladas pelo casal, com contas a prestar diante da justiça.

A maioria dos religiosos da seleção brasileira é fiel a dar o dízimo (doação de 10% de quanto a pessoa ganha). Sabe lá, pra aonde vai esse dinheiro, enriquecendo aproveitadores. A Igreja Universal tem um rico patrimônio (arrancado dos dízimos): até a poderosa Rede Globo estremece diante do poderio crescente da TV Record, pertencente ao bispo Edir Macedo.

Resumindo a parada: isto é a manipulação da fé.

Dos jogadores que praticam votos religiosos, fico com a ação do católico Gomes, em praticar o seu dízimo, de forma direta. No fim do ano, ele pega cartas no Correio e dá cestas básicas e realiza desejos e necessidades das pessoas, sem intermediários.



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