3 de jan. de 2011














Cantor cearense brochou ou não
diante de Ava Gardner ?

Ontem, domingo, folheando as informações do CD Discoteca Brasileira do Século XX, e especialmente aquele que focaliza a movimentação artístico-musical dos anos 50 do século passado, descobri um detalhe curioso envolvendo  o cantor cearense Carlos Augusto e a famosíssima estrela do cinema Ava Gardner. Em 1954, a diva de Hollywood esteve no Brasil para lançar o filme  Condessa Descalça e causou o  maior frenesi, deixando os homens enloquecidos.  No citado CD da MPB, o cantor romântico primeiro é citado como intérprete de músicas da dupla Cascata & Leonel Azevedo, e depois veio a parte curiosa que é  aquela que assinala que "ele gravou depois de matar de inveja a nação por ter namorado Ava Gardner”. Fiquei interessado pelo assunto, além do mais envolvia um conterrâneo, e fui em busca de mais informações.
Localizei um artigo do jornalista Sérgio Augusto que contou mais detalhe sobre o affair  entre os dois. Conta o jornalista que "Carlos Augusto, descoberto por Ary Barroso,  não demorou muito para chegar ao estrelato. Passou pelas mãos de Almirante, Paulo Gracindo, selando seu sucesso ao lado de Emilinha Borba em 'tourné' pelo norte do país. Na época em que, no Copacabana Palace, ele era o 'crooner' da orquestra do maestro Copinha, e chegou a ter um caso amoroso com a atriz Ava Gardener. Segundo reza a lenda, nosso cantor 'negou fogo'. Talvez achando que ela fosse muita areia para o seu caminhãozinho. E não era para menos, a mulher era o bicho! Linda e super desejada. Tava todo mundo querendo... hehehe"...
E continua Sérgio Augusto: “Quando aludi a esse detalhe, num perfil da atriz para a Folha de S.Paulo, já lá se vão mais de dez anos, o jornalista Henrique Veltman tomou, por carta, a defesa da virilidade do antigo crooner do maestro Copinha. ‘Carlos Augusto não negou fogo’, afirmou, peremptoriamente, o ex-repórter da revista Radiolândia, que como tal teria sido testemunha ocular de (quase) toda a história. Sem ter mais a quem consultar (as demais testemunhas a meu alcance haviam morrido, a começar pelo cantor), acatei a versão de Veltman, segundo a qual Ava primeiro se hospedou no Copacabana Palace, onde teria se apaixonado, instantaneamente, pelo cantor. Em seguida, biritada até os tampos, teria quebrado móveis e utensílios, sendo imediatamente expulsa do hotel. Com a ajuda de Veltman e Carlos Augusto, levou suas malas para o Glória.
Na versão do antigo repórter da Radiolândia, o cantor não negou fogo, mas, apavorado com as ameaças de uma suposta "gangue de Ava", que jurou castrá-lo caso desse com a língua nos dentes, sempre desconversava quando lhe perguntavam sobre o seu tête-à-tête com a atriz. Daí a lenda da pifada. Lenda ou não, mesmo antes de ver O Homem que Matou o Facínora, já fechara com ela. Até para o bem do cantor. Não queria que a posteridade o guardasse como um varão insensível, que se comportara com Ava como se ela fosse uma mulher como qualquer outra. Todo homem decente tinha a obrigação moral de encolher diante de Ava Gardner. Pelo menos no primeiro encontro".

Vejam um tributo à diva do Cinema:

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