Em defesa da Vanusa
Tenham um pouco de paciência, pois demora um pouco para carregar o vídeo, mas vale a pena ouvir Grande Fantasia Triunfal com Variações sobre o Hino Nacional Brasileiro de autoria do compositor, pianista e regente norte-americano Louis Moreau Gottschalk (1829-1869).O arranjo nada tem a ver com a melodia do nosso Hino. E até foi considerada, num processo que rolou por anos, como crime de lesa-cultura. Finalmente a Grande Fantasia Triunfal foi liberada e é de grande sucesso no repertório não só dos pianistas brasileiros, como nos de outros países.
Escrevo isso para relembrar a interpretação, de voz arrastada, e errante, da cantora Vanusa e que virou chacota nacional. E quem de nós outros sabe cantar, por inteiro, a letra de Osório Duque Estrada?
Li o artigo de Roberto Pompeu de Toledo, na revista Veja desta semana, no qual o jornalista sai em defesa da cantora, numa belíssima crônica. Segundo ele “atire a primeira pedra quem nunca confundiu a parte ouviram do Ipiranga com a do deitado eternamente”. E arremata:” Que só continue a ridicularizar a cantora quem nunca removeu os raios fúlgidos para o lugar de raio vívido, ou vice-versa. Vanusa disse que estava sob efeito de remédios, daí os atropelos. Não há dúvida, pelo andar hesitante de seu desempenho, e pelo tom resmungado da voz, de que estava fora de controle. É pena. Fosse deliberada, e interpretada com arte, sua versão do hino teria dois altos destinos. Primeiro, iria se revestir do caráter de variação, interessante por ser uma espécie de comentário à composição tal qual conhecemos. Não seria uma variante tão bela como a Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional, de Gottschalk, mas teria seus encantos. Segundo, assumiria a feição de uma leitura crítica do hino. Serviria para mostrar, com a insistente troca de palavras e de versos, como a letra é difícil, e extrairia um efeito cômico – dliberadamente cômico – das confusões que pode causar na mente de que a entoa”.
Grande Roberto Pompeu de Toledo.
Escrevo isso para relembrar a interpretação, de voz arrastada, e errante, da cantora Vanusa e que virou chacota nacional. E quem de nós outros sabe cantar, por inteiro, a letra de Osório Duque Estrada?
Li o artigo de Roberto Pompeu de Toledo, na revista Veja desta semana, no qual o jornalista sai em defesa da cantora, numa belíssima crônica. Segundo ele “atire a primeira pedra quem nunca confundiu a parte ouviram do Ipiranga com a do deitado eternamente”. E arremata:” Que só continue a ridicularizar a cantora quem nunca removeu os raios fúlgidos para o lugar de raio vívido, ou vice-versa. Vanusa disse que estava sob efeito de remédios, daí os atropelos. Não há dúvida, pelo andar hesitante de seu desempenho, e pelo tom resmungado da voz, de que estava fora de controle. É pena. Fosse deliberada, e interpretada com arte, sua versão do hino teria dois altos destinos. Primeiro, iria se revestir do caráter de variação, interessante por ser uma espécie de comentário à composição tal qual conhecemos. Não seria uma variante tão bela como a Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional, de Gottschalk, mas teria seus encantos. Segundo, assumiria a feição de uma leitura crítica do hino. Serviria para mostrar, com a insistente troca de palavras e de versos, como a letra é difícil, e extrairia um efeito cômico – dliberadamente cômico – das confusões que pode causar na mente de que a entoa”.
Grande Roberto Pompeu de Toledo.
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