Tudo não passou de uma armação grosseira |
Empolgou o país a imagem de uma pombinha branca pousada no esquife de D. Eugênio Salles, quando de seu enterro na Catedral do Rio de Janeiro. Eram coisas do céu, mesmo sem a necessidade de exaltação maior da imagem do saudoso prelado. Pois agora o repórter Carlos Newton revela que a pomba não veio voando do paraíso. Foi arremessada a poucos metros do altar, sobre o caixão do cardeal, por um mais do que solícito cristão que entrou no templo com ela no bolso. Pior ainda: a ave estava bêbada, quer dizer, havia sido forçada a ingerir cachaça para não poder movimentar-se nem bater asas naturalmente. É claro que artifício tão pueril em nada ofusca a obra e a memória de D. Eugênio, mas encenações como essa carecem de grandeza. (Carlos Chagas)
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