3 de mai. de 2011

Livro detona Mahatma Gandhi


Gandhi deixou a família, dizendo que ia se dedicar ao celibato


No fim da vida se cercou de jovens


Após se tornar celibatário, Gandhi dividiu a casa, na África do Sul, com o alemão Hermann Kallenbach

O livro Great Soul – Mahatma Gandhi and His Struggle with India (Grande Alma: Mahatma Gandhi e Sua Luta com a Índia, ainda sem versão em português)  de Joseph Lelyveld, revelam cartas pessoais  de fatos tão incômodos  que a venda do livro foi proibida no estado indiano onde Gandhi (1869- 1948)  nasceu. A nova biografia do líder da independência indiana mostra que os ideais pacifistas não eram absolutos e revela detalhes de sua obsessão em vincular sexo a violência.
Para quem ficou conhecido como um opositor do imperialismo, Gandhi foi submisso aos interesses ingleses. Conta a revista Veja desta semana, que em 1918, um ano antes de ganhar o epíteto Mahatma (“Grande Alma”), em sânscrito, Gandhi iniciou uma peregrinação por povoados rurais no distrito de Kheda, centro da Índia. A missão era árdua: recrutar vinte soldados em cada uma das 600 vilas da região para morrer pelo império inglês na I Guerra Mundial, totalizando 12.000 combatentes.
Em outro capítulo do livro, revela fatos ainda mais estarrecedores. Após a guerra contra os zulus, alegando querer se dedicar a uma vida de pobreza e meditação, Gandhi anunciou a sua mulher Kasturba, que se tornaria um celibatário. A partir de então, passou a definir o sexo como fonte de impulsos violentos do ser humano. Quatro anos depois de adotar abstinência sexual e praticamente abandonar a mulher e quatro filhos, Gandhi começou a se envolver com o arquiteto e fisiculturista alemão Hermann Kallenbach. Os dois dividiram a mesma casa até 1914. A posterior correspondência entre eles dá a entender que havia um componente romântico na amizade. Em uma das cartas a Kellenbach, Gandhi escreveu: “Seu retrato, o único, permanece no criado-mudo do meu quarto”.  Em outro trecho, o indiano declarou: “Você tomou posse do meu corpo, completamente. Isso é escravidão com vingança”. Ele também exigia que o alemão não olhasse para nenhuma mulher com segundas intenções.
Em 1946, dois anos antes de ser assassinado por um hindu, Gandhi requisitou os cuidados pessoais da bela Manu, de 17 anos, filha do seu sobrinho. A jovem era obrigada a dormir ao seu lado com o mínimo de roupa. Manu pediu para ser dispensada de servi-lo no ano seguinte. Como observa o autor, Gandhi construiu seu mito graças a uma estranha capacidade de transformar argumentos incompreensíveis em credos. Uma forma para gurus aproveitadores.        

Nenhum comentário:

Postar um comentário