O cover sempre é visto de soslaio e com ironia, pois é aquele que imita ou se faz de sósia de alguém, geralmente de artistas famosos. Com o Roberto Arruda, cover do Roberto Carlos, acontece algo diferente. O nosso “Roberto Carlos” está cantando com muito mais alma do que o “rei”. E explico: todas as vezes que escuto o Arruda, nos shows que realiza pelos bares, me vem à memória a comparação que faço do Roberto Carlos, de alguns anos para cá com o RC, principalmente da década de 70 do século passado. O “rei”, mesmo nas músicas de ritmos mais compassados, tinha uma voz maviosa, branda, mas ao mesmo tempo vibrante. Ultimamente, a voz surge arrastada, sem alma. Talvez, com o compromisso profissional de só cantar. Ou, para não ser cruel como o meu antigo ídolo: a decadência se instalando.
Ontem, na festa da Confraria Bigodeana, o nosso Arruda empolgou a distinta plateia que lotou o largo do Bigode. A cada música, Arruda com todo gás, esbanjando o sentimento que há muito tempo sumiu no "rei": emoção.
Vejam aí um pouco do show do Arruda:
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