Ode ao paralelepípedo

A foto acima dá a impressão que as pessoas caminham para ultrapassar um obstáculo, um muro, por exemplo.

 Não é nada disso.

 Essa foto foi tirada com a máquina fotográfica rente ao chão no cruzamento entre as ruas Liberato Barroso e Senador Pompeu, registrando a camada de asfalto da rua, muito acima do nível da calçada.

 O que acontece é   que, segundo os técnicos no assunto, a chamada capa do asfalto que a última camada tem vida útil de aproximadamente cinco anos, quando começa a apresentar imperfeições.  Dizem eles que é o momento de ser refeito para eliminar eventuais irregularidades.

Só que o serviço de recapeamento com novas camadas asfálticas  (muito caro para os cofres públicos) não elimina “eventuais irregularidades”. Aliás, causam transtornos e acidentes para motoristas e pedestres. 

A diferença

Outro lado:  exemplo belíssimo de preservação desta malha, no Centro de Fortaleza , e que não precisa, desde 1980 - segundo o meu amigo Nirez, pesquisador sobre a nossa cidade- de nenhum serviço de eliminação de “eventuais irregularidades”,  são os paralepípedos encravados no chão da praça José de Alencar.  Eles estão lá  há trinta anos,  aguentando  o rojão de serem pisados todos os dias por milhares de carros e continuam  firmes, inalterados. E por que não servem com exemplo para conservar nas ruas e avenidas de Fortaleza os antigos calçamentos de paralelepídedos  ou de pedra tosca, muito mais barato e com durabilidade comprovada?

Vejam no detalhe