1 de abr. de 2010









Celebração do homem com

a natureza e com a sua história

A ambientação, a gente, os costumes do sertão nordestinos já proporcionaram ensaios fotográficos os mais diversos. Esse vale a pena adquirir. Sertão sem Fim, de Araquém Alcântara, 40º obra do fotógrafo e comemorativa dos seus 40 anos de profissão.

Ele percorreu oito estados brasileiros registrando 12 peregrinações, somente em estradas de terra, sempre em busca de locais pouco conhecidos, muitos deles entre o norte de Minas e o Piauí, já lembrados por Guimarães Rosa, Euclides da Cunha, Graciliano Ramos, Ariano Suassuna e João Cabral de Melo Neto.

"Escolhi mapear o sertão como espaço geográfico o mais desabitado possível, a partir do norte de Minas e depois os interiores de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará, lugares que não estão no mapa, esquecidos pela civilização, mais que ainda mantém uma natureza primordial e intocada. No livro está o sertão de terra dura, ocre, agreste, banhado pelo sol escaldante, de estradas empoeiradas, lajedos e pedras calcinadas... Pobreza, fome, seca, fadiga, o amor e o sangue, a possessão das terras, as lutas pelas cabras e carneiros, a vida e a morte, tudo que é elementar no homem está presente nesta terra perdida", comenta o fotógrafo.

Em Sertão sem fim, Alcantâra traz uma delicada celebração do homem que encontra seu meio e sua história de forma natural.

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