2 de fev. de 2010





O paraíso na outra esquina

Entre os pintores impressionistas e pós-impressionistas franceses (final do século XIX e início do XX) sempre tive admiração pela obra de Paul Gauguin, especialmente aquela sua principal fase pictórica: a que retrata mulheres, em Taiti. As cores planas cheias de luz tornaram a pintura de Gauguin singular, mostrando a simplicidade do povo distante da civilização europeia.
Li o livro de Mario Garcia Llosa sobre a vida da avó de Gauguin, a ativista por justiça social e emancipação feminina, Flora Tristán. Ao mesmo tempo, Llosa forma um paralelo entre a vida dela e a de Gauguin que buscou um outro paraíso: o éden representado na simplicidade da gente do Taiti.No título do romance O Paraíso na Outra Esquina, o autor remete a uma brincadeira infantil, no Peru, onde Gauguin passou sua infância. O paraíso na outra esquina é um jogo de pedrinhas passando de em mão.A cada conquista de mais pedrinhas, a crianças ganha o paraíso...só que éden simbólico está na outra esquina. Porén, não alcançado.
Na alegoria infantil, Llosa compara as duas personalidades francesas pois devotaram a vida em perseguir ideais radicais, nunca realizados.

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