1 de out. de 2009




O jornalista Gilberto Amendola, 32 anos, aceitou o desafio: escrever hoje sobre o fervilhar da rua Maria Antônia, no centro da capital paulista, há 40 anos atrás. No livro Maria Antônia, a história de uma guerra, a opção foi muito mais resgatar os relatos da memória emotiva de quem viveu ali em 68 do que fazer um frio registro histórico. E entre esse relatos, o livro traz uma surpresa histórico-musical: José Dirceu, o ex-todo poderoso do governo Lula, naquela época, em vez de gostar de música de protesto, tipo Pra não dizer que não falei de flores, adorava era ouvir o “rei” Roberto Carlos.O então presidente da UNE apreciava a Jovem Guarda, mas escondido, pois as músicas do yê-yê-yê eram consideradas alienadas, por não tomarem parte da política como tema principal. Não pegava bem para o líder estudantil ouvir o Aquele beijo, O Calhambeque, Quando e outras mais. Mas, que o cara gostava das músicas melosas, isso está registrado no livro.

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