30 de ago. de 2010

Após mudança na lei eleitoral,

CQC vai reeditar cobertura

DE SÃO PAULO

Com a queda do artigo 45 da lei eleitoral, que até então proibia trucagens e sátiras a candidatos na TV, o CQC"vai "rever" sua cobertura das eleições.

A informação é da coluna Outro Canal, assinada por Audrey Furlaneto e publicada na Folha desta segunda-feira (30). A íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL.

Leia-se: tudo o que estava proibido será visto no programa que vai ao ar hoje, às 22h20, na Band.

Recursos de arte e pós-produção sobre as imagens dos candidatos -como um nariz de palhaço aplicado sobre o rosto de um político, por exemplo- serão usados numa espécie de retrospectiva do que foi feito até agora.

A liminar que derruba o artigo 45, concedida após ação ajuizada pela Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV), libera os humoristas para sátiras explícitas que haviam sumido dos programas.

O humorístico Casseta & Planeta, que vai ao ar na Globo, por exemplo, optou por fazer ficção, criando personagens-candidatos.

"O Brasil não merece entrar no século 21 com palhaços sendo tratados com seriedade e truculência e políticos fazendo piada no horário eleitoral", disse Marcelo Tas, apresentador do "CQC", à coluna.

"A sensatez do ministro Ayres [Brito, que concedeu a liminar] me emocionou talvez por ser o bom senso algo raro como os meus cabelos na história do Brasil", completou Tas.

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