8 de jul. de 2010

Exposta à venda - na Av. Antonio Sales


Drama das bancas de jornais

Já disse aqui que uma das minhas manias era ir às bancas de jornais e revistas, quase todos os dias. Recentemente, uma delas (a do Bolinha) desapareceu, assim de repente. A banca existia há muitos anos, defronte ao hospital São Mateus, ao lado do supermercado. A área pertence ao ponto comercial. Só que quando mudava de dono, o Bolinha renegociava o uso do espaço. Mas, desta vez os atuais ocupantes do prédio foram irredutíveis e não aceitaram propostas. Uma pena.

É mais uma banca de jornais e de revistas que desaparece na cidade. Muitas estão fechando, pois com o advento da internet e a migração do conteúdo dos impressos para o virtual, as vendas caíram assustadoramente.

Um dos motivos da minha frequência na banca do Raimundo Ramos era comprar as revistas Rolling Stone, Piauí, Cult, Brasileiros. Pois não é que fiquei sabendo, via revista Imprensa (impressa), que já está disponível, na internet, o conteúdo completo de nove publicações brasileiras (entre as quais estão as que citei). O conteúdo free faz parte do programa “Periódicos de Conteúdo Mais Cultura”, promovido pelo Ministério da Cultura (MinC), que fornece subsídios do Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL) para publicações que dedicam no mínimo 35% de seu conteúdo às Artes e à Cultura. Entre as escritas, foram selecionadas nove para receber o incentivo que varia de R$ 350 mil a R$ 525 mil, de acordo com o valor unitário de cada título. Para ter direito ao repasse, devem ser oferecidas ainda sete mil assinaturas para que o MinC abasteça bibliotecas públicas, Pontos de Leituras, Pontos de Cultura e outros projetos do Governo com objetivo de proporcionar acesso à leitura.

Jornais já não compro. E agora, tenho disponíveis, no computador, publicações que aprecio.

Para quem foi formatado (olha aí eu usando um neologismo) na mídia de papel, só tenho a lamentar essa fragilização de conteúdos impressos.

São os tempos.

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