8 de dez. de 2009

Memórias do meu Mengo


O futebol me emociona, e nestes dias, estou nas nuvens com o meu Flamengo, campeão do Campeonato Brasileiro. Por coincidência, estou lendo a revista Trip e a matéria de capa traz uma entrevista, considerada como a mais ampla que Jorge Bem Jor, um flamenguista puro sangue, deu até hoje. Ele abre o jogo sobre quase tudo da sua vida: família, sucesso, samba com o rock, seus escritores preferidos e até da prática do golfo.
Mas, é perguntado muito pouco sobreuma de suas maiores paixões, o futebol e especialmente o Flamengo. Não que ele queria omitir esse viés de sua vida, não. Simplesmente (pasmem!) o repórter Pedro Alexandre Sanches, numa das perguntas (?) disse que não ia indagar nada sobre futebol porque (ele) não entendia do assunto (sic). E o artista ainda insistiu na resposta dizendo, e ensinando o repórter a ser repórter: “Esporte você não cobre não? Só música. Ah, o relacionamento da música com o futebol é bom, pô”.
Coitado do reporte passou batido por não ter perguntado sobre uma maiores polêmicas judiciais entre música e futebol. E realmente Ben Jor tem razão quando cita essa aproximação do futebol com a música. E ele tem uma relação muita afetiva da música com o esporte. Quem não se lembra do verso dele, na música País Tropical? Quando diz que “sou Flamengo..” E ainda, na declaração de carinho e amor, na composição que ele fez para o atacante flamenguista Fio, imortalizado por Bem Jor na composição “Fio Maravilha nós gostamos de você. Fio Maravilha faz mais um pra gente ver...”Só que essa música deu o maior trololó. Orientado por advogados inescrupulosos, depois de muitos anos de sucesso da música, Fio Maravilha entrou na Justiça com um processo contra o cantor, requerendo direitos autorais pelo uso do seu nome na melodia. Não ganhou a questão. E Bem Jorge mudou a palavra “Fio” por “Filho” , a contragosto, durante mais de vinte anos.Somente muitos anos depois, em 2007 é que houve uma reconciliação entre os dois (vejam o vídeo). Ele, Fio Maravilha, à época entregador de pizzas, nos Estados Unidos, finalmente reconheceu a eterna homenagem que o seu fã, Jorge Bem Jor, havia feito.
Tarde demais.


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